Foi assinada ontem, a ordem de serviço para a revitalização do Parque Estadual do Sítio Fundão. No local, está um patrimônio de relíquias históricas, culturais e ecológicas deixado pelo ambientalista Jéferson da Franca Alencar. Cumprindo as promessas de melhorias, o Governo do Estado, através do Conselho de Politicas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), vai realizar, inicialmente, as obras de construção de uma guarita e o cercamento verde de mais de dois quilômetros. A ideia é começar a ação pelas áreas onde a pressão urbana é mais forte.
As medidas ampliarão o controle de acesso ao Parque, onde desde o início deste ano foi instalada uma equipe de segurança das trilhas internas
A medida deverá ampliar o controle de acesso ao Parque, onde, desde o início do segundo semestre deste ano, foi instalada uma equipe de segurança das trilhas internas e do perímetro, além do apoio do Instituto Brasileiro de Direito a Vida dos Animais e Meio Ambiente (IBDVAMA), que mantém convênio com o Conpam, para o auxílio ao combate a incêndios florestais, utilização dos espaços e cuidados com o território.
Unidade
A ordem de serviço faz parte do projeto de consolidação da Unidade de Conservação. A previsão de conclusão da primeira etapa é de 120 dias. A obra está custando R$ 1,15 milhão, originário de medidas de compensação. Entretanto, ao todo, estão previstos recursos na ordem de R$ 5 milhões para a revitalização do Sítio Fundão. O segundo momento do cercamento para os demais metros restantes será efetivado no próximo ano, após a realização do processo licitatório. Já quanto ao tombamento do patrimônio histórico presente no Parque Estadual do Sítio Fundão, para dar início ao processo, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) exigiu um estudo técnico preliminar, que o Conpam solicitou à Urca.
Agora, a Universidade está reunindo um grupo de pesquisadores do Departamento de História para analisar os pontos necessários. O estudo deverá identificar a datação dos equipamentos, a importância deles e o envolvimento da comunidade no período com a localidade, além da conveniência do patrimônio existente como representativo da educação para o estudo da história local.
A análise poderá indicar se serão realizadas ações de recuperação do patrimônio ou conservação do estado em que se encontra. De acordo com o vice- reitor da Urca, Patrício Melo, a Universidade, junto a Secretaria das Cidades, está preparando um projeto de engenharia para a acomodação de visitantes e pesquisadores. A medida será implementada só em 2013. "Como um sítio de proteção integral, não pode haver coleta. Mas, é possível realizar visitação. Queremos abordar um conjunto de ações que já foi iniciado junto à comunidade", conta.
O Parque Estadual do Sítio Fundão faz parte do grupo de Unidades de Conservação do Ceará. A área é de posse e domínio público. Atualmente, o Conpam, órgão que mantém a gestão, tem recebido diversas denúncias e reclamações sobre frequentes invasões à localidade. Como medida protecionista, a Companhia de Desenvolvimento do Ceará (Codece) fez uma doação de um terreno, próximo ao local, onde será construída a sede da Unidade de Conservação. Lá, ficará baseada a estrutura de gestão e um alojamento de apoio à Companhia de Policia Militar Ambiental (CPMA). Com o Geopark Araripe e Universidade Regional do Cariri, foi realizada uma parceria para a elaboração do plano de manejo e utilização da área local.
Ainda serão definidas quais as práticas de uso e as formas de condução das atividades no parque. Porém, claramente já são demonstradas as vocações prioritárias para a pesquisa, educação ambiental e atividades de lazer e turismo de baixo impacto.
Biodiversidade
A área total da Unidade tem aproximadamente 100 hectares e cerca de quatro quilômetros de perímetro. O Parque Estadual do Sítio Fundão abriga o Geossítio Batateiras, que representa toda a biodiversidade do Município do Crato, no que diz respeito à ecologia, recursos hídricos, Arqueologia, Paleontologia e História. Ainda no início deste ano, o Geopark Araripe firmou um convênio de co-gestão do Sítio Fundão. O pacto envolve, principalmente, ações de educação da comunidade do entorno, preparatória para o futuro Conselho de Gestão popular, existente em toda Unidade de Conservação e apoio à conservação da biodiversidade local.
Atualmente, a Urca, através do Departamento de História está desenvolvendo estudos para fins de tombamento do patrimônio histórico que envolve o complexo da casa de taipa, construída pelo antigo proprietário do sítio histórico.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1181196
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