A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS) aprovou 25 planos de manejo de madeira em quatro unidades de conservação, sendo elas RDS Cujubim (1); RDS do Uatumã (6); RDS do Rio Negro (14); e RDS Mamirauá (4). Outros 25 planos, todos na RDS Mamirauá, estão sendo avaliados pelo Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas), mas tudo indica também que devem ser aprovados. Com esta iniciativa aproximadamente 2.295 pessoas serão beneficiadas.
A secretária da SDS, Nádia Ferreira, tomou a iniciativa baseada na necessidade das famílias das unidades de conservação terem mais renda, para melhorar a qualidade de vida local. "Fizemos um longo estudo e concluímos que com fiscalização, orientação e controle essas famílias podem gerar receita com madeira manejada e com sustentabilidade".
Legalidade
Sob o ponto de vista financeiro os ribeirinhos sairão lucrando, porque eles deixarão as práticas clandestinas do corte, para um trabalho com motosserra bem orientado. Desta forma, o metro cúbico de madeira que custava em torno de R$ 400 sem documentação, agora, com certificação legal e acompanhamento das autoridades ambientais e de organizações não governamentais custará, aproximadamente, R$ 2 mil. O senhor Nelson Brito de Mendonça, vice-presidente da Comunidade dos Ingleses, na RDS do Rio Negro, disse que esta é a melhor oportunidade de geração de receita de forma organizada.
Entre as madeiras mais usadas no plano estão cedrinho, louro-gamela, pequiarana e tauari vermelho.
Embalagem para o Polo Industrial
Disposto a colaborar com os ribeirinhos comprando a madeira deles, para uso em embalagens utilizadas pelas empresas do Polo Industrial de Manaus, dentre elas a Yamaha, Recofarma, Rexan, Diebold Procomp, a Moss 4 M Ltda, de propriedade de João Alfredo Moss, está fazendo uma parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) para comprar a produção de diversos manejos da RDS do Rio Negro. "Foi a forma que encontramos para auxiliar financeiramente esta iniciativa original", disse João Moss.
Segundo o gerente de produção da Moss 4 M Ltda, José Adelso Alencar Neves Filho, a empresa, que tem 130 funcionários e 33 anos de atividades, está preparada para aumentar as compras de produto oriundo de manejo de pequena escala. "Nós compramos madeira da Mil Madeireiras de Itacoatiara, que é totalmente certificada, e, agora, vamos comprar dos ribeirinhos das unidades".
A empresa está em um processo de mudança das práticas de tratamento das madeiras empregadas para transportar motos e demais produtos para o restante do Brasil e mundo.
Parcerias na missão
As parcerias da SDS nesta difícil missão de atuar em áreas com tradição de preservação são gabaritadas e merecedoras de crédito, são elas: Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e IDAM (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas) na RDS do Rio Negro; IDESAM (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas) na RDS do Uatumã; IDAM no Cujubim; e Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá na RDS Mamirauá.
http://acritica.uol.com.br/amazonia/Secretaria-Desenvolvimento-Sustentavel-Amazonas-madeira_0_449955083.html
Amazônia:Madeira-Exploração
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