A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) promoveu, entre os últimos dias 15 e 17, curso de formação de educadores ambientais no município de Benevides, Região Metropolitana de Belém (RMB), direcionado a professores de escolas municipais do entorno do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Metrópole da Amazônia, unidade de conservação com 6.367,27 hectares que abrange os municípios de Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel do Pará. O curso foi estendido a moradores de comunidades locais.
O projeto de educação ambiental é desenvolvido pela equipe do Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia e promovido pela Diretoria de Áreas Protegidas, da Sema, em parceria com as secretarias de Meio Ambiente e Educação do município. As escolas municipais Maria Amélia, Maria Flora e Gerson Peres, em Benevides, participam do projeto por se encontrarem no entorno imediato da unidade de conservação.
Durante dois dias de curso, os professores receberam informações detalhadas sobre o que é uma unidade de conservação e a importância de sua preservação. "É muito importante que se preserve a unidade que está ao lado das suas casas para que os recursos permaneçam durante muitas gerações", explicou a gerente do Revis Metrópole da Amazônia, Socorro Almeida.
O Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), da Polícia Militar, fez uma palestra sobre as experiências na área da unidade de conservação, ressaltando a legislação ambiental vigente e as proibições existentes na área. Também foi apresentado aos professores o projeto Jornal Escolar nas Unidades de Conservação, que será desenvolvido ao longo do ano com os alunos das três escolas, promovendo a educação ambiental e a cultura nas comunidades.
A pedagoga Liliane Oliveira, da Diretoria de Áreas Protegidas da Sema, considera que o projeto vai conscientizar as comunidades, em especial as novas gerações, sobre a importância da preservação, esclarecendo sobre a unidade de conservação e o que pode ou não ser feito dentro do Revis. "Viemos pedir a colaboração das comunidades para que mudemos as consciências das futuras gerações, para que a unidade seja preservada e o recurso não falte no futuro", explicou.
O líder comunitário Francisco Oliveria afirmou que a consciência da preservação tem que ser plantada a partir de agora. "Acredito que ainda tem solução, se começarmos a nos conscientizar, porque isso é uma cultura que foi passada de geração em geração", ressaltou.
Pesquisas recentes sobre a biodiversidade da Revis Metrópole da Amazônia catalogaram 490 espécies ameaçadas, entre elas as aves mãe-de-taoca-pintada, araçari-de-pescoço-vermelho e arapaçu-barrado-do-nordeste. O acesso à unidade de conservação pode ser feito de carro, pelo município de Marituba, via estrada da Pirelli.
As principais bacias hidrográficas nessa área são formadas pelos igarapés Oriboca e Taiaçuí. O local tem ainda diversas represas, lagos e fontes. A abundância de água superficial indica potencial para o desenvolvimento de atividades de lazer e de proteção da flora e fauna aquáticas.
http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=105212
UC:Refúgio da Vida Silvestre
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