Retornar ao Parque Estadual de Vila Velha, sempre levando um amigo daqui ou de fora que ainda não conhece a beleza e os encantos daquele lugar é algo que remete a minha infância, nos anos de 1990, e sempre traz boas recordações. Lembro-me da turminha da primeira série da "Tia Lucélia", da Escola Jesus Divino Operário, toda de boca aberta com as esculturas que demoraram milhares de anos para o tempo esculpir naquelas pedras em território princesino. A soma de aprendizado fora da sala de aula sobre tudo que o Parque pode ensinar, somado à diversão do passeio escolar, creio que deu como resultado, acima de tudo, o respeito e o orgulho por um de nossos cartões postais.
Antes de pensarmos em programas homéricos de marketing que visem a atrair o turismo para nossa região, é preciso fomentar o orgulho da nossa população local sobre aquilo que é nosso, aquilo que a natureza nos deu de presente. Sem sombra de dúvidas, um grande passo para isso se dá nas escolas, com aulas práticas nessas localidades. Reforça esse argumento o fato de dois programas do governo do estado, que busca justamente atingir essa necessidade: o "Parque Escola" e o "Passaporte Único". Para o Parque Estadual de Vila Velha a intenção é que o programa triplique o número de visitações. Já a nível regional, o objetivo do programa é conscientizar 220 mil alunos da rede pública, de 19 municípios dos Campos Gerais, com aulas práticas, aprimorando a sua sensibilidade ambiental e usando como cenários os parques estaduais.
Claro que atrelado a isso, são necessárias parcerias entre estado e municípios, e até parcerias público-privadas, no intuito tanto de divulgação como da questão de infraestrutura. É claro que dificilmente alguém volta a visitar um lugar a que para chegar há pouca ou nenhuma informação, ou onde o acesso deixa a desejar.
O Parque de Vila Velha é nosso grande cartão postal, porém não é a única fonte de visitação, principalmente se formos considerar o aspecto regional. Quando falamos de turismo na região, lembramos rapidamente do Parque Estadual do Guartelá em Tibagi, do Parque Histórico em Carambeí, do turismo religioso em Piraí, que o coloca na quarta posição no país nesse segmento, sem contar ainda as tão faladas cachoeiras do Capão da Onça e da Mariquinha, do Buraco do Padre, dos Alagados, do Rio São Jorge e tantos outros pontos que nós, dos Campos Gerais, pouco exploramos em nosso tempo de lazer.
É importante, sim, que haja planejamento e políticas públicas que tratem da questão do Turismo, buscando explorar todo o potencial que esse ramo pode trazer para a região. Porém, atrelado a isso, é necessário que haja o incentivo para que a população local visite as belezas tão perto de suas casas. O povo dos Campos Gerais precisa ter orgulho daquilo que é seu. Dessa maneira, ajudará também a alavancar qualquer projeto bem feito de Turismo, que venha a ser realizado na região.
http://arede.info/jornaldamanha/secoes/conselho-da-comunidade/orgulho-de-nossas-belezas/
Turismo Ambiental
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