Parque Estadual do Rio Preto

Clic Folha - http://www.clicfolha.com.br - 13/04/2015
Areia fina, céu azul, água cristalina e peixinhos que parecem dar boas-vindas. Um refúgio no meio de Minas Gerais, o Parque Estadual do Rio Preto desperta a atenção logo na entrada, com sua estradinha de terra vermelha e árvores de caule retorcido.

Localizado na cidade de São Gonçalo do Rio Preto, na Serra do Espinhaço, fica distante 70 quilômetros da histórica Diamantina; o marco inicial da Estrada Real está em suas terras. Além de água em abundância, tem pinturas rupestres, paredões de quartzo e ricas fauna e flora.

Há 20 anos, quando o parque foi criado, a região era castigada por garimpeiros em busca de diamantes, que poluíam e assoreavam as águas do Rio Preto. Além dos garimpos, uma madeireira retirou as maiores árvores dos lugares de mais fácil acesso. Mas, se antes a região atraía garimpeiros e madeireiros, hoje seduz turistas e pesquisadores.

Antônio Augusto Tonhão de Almeida foi o idealizador do parque. No início da década de 90, foi eleito prefeito de São Gonçalo e teve como bandeira preservar as áreas de mananciais do município. De porte grande e vozeirão, está sempre pronto a ajudar os visitantes.

Nos feriados de movimento maior, é possível vê-lo com a mesma disposição de duas décadas atrás, dentro do valente fusca ano 1993, circulando pelas estradinhas e comunicando-se com os funcionários por meio de um velho rádio.

Estrutura

O parque oferece 12 alojamentos, simples, mas muito confortáveis, para até 52 pessoas. Há também área de camping para 30 barracas. De quinta-feira a domingo, o restaurante serve delícias mineiras, preparadas com esmero por dona Maria da Conceição Santos.

Cartões de visitas do parque são as duas principais cachoeiras, do Crioulo e Sempre-Viva. Para chegar até elas, é preciso caminhar por uma trilha de 13 quilômetros, ida e volta, com a presença obrigatória de um guia.

O caminho é repleto de sempre-vivas, uma linda espécie de flor típica da região. Árvores como a capitão do cerrado e o umbuzeiro vão compondo o cenário.

Trechos íngremes de subida levam a uma vista deslumbrante do vale, do Rio Preto e de um de seus principais afluentes, o Córrego das Éguas. O pico mais alto do parque, o Morro Dois Irmãos, de 1.830 metros de altitude, também é avistado.
Há três mirantes para apreciar a paisagem: o do Monjolo, o da Pedra e o do Lajeado. Ideais para uma pausa para o lanche embaixo das frondosas sucupiras-brancas.

Depois da trilha pelo cerrado, um inesperado bosque de mata de galeria, com brisa suave e temperatura amena. Árvores menos retorcidas, mais altas e mais próximas umas das outras começam a aparecer.

Uma pequena ponte de madeira anuncia a proximidade com a cachoeira. É hora de entrar na água e sentir os pequenos lambaris que rodeiam os pés e os beliscam de leve. Um encontro emociona.

O parque está aberto de terça-feira a domingo. Para se hospedar nos alojamentos ou usar a área de camping, é exigida reserva. Informações: (38) 9976-5621



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