O Ministério do Meio Ambiente (MMA) aprovou investimentos em mais três áreas de proteção ambiental em Rondônia. A notícia foi confirmada nesta sexta-feira (4), pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), que gerencia as cinco unidades existentes com 1,2 milhões de hectares, inseridas no Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), que passarão para oito áreas, com 2,2 milhões hectares, a partir de 2016. O investimento do programa federal, que hoje é de R$ 3,6 milhões para o biênio 2014/2015, passará para R$ 8,4 milhões, para 2016/2017.
A Amazônia internacional conta com 26% de áreas sob proteção dos governos de nove países da América do Sul. Com área total maior que 23,7 milhões de hectares, Rondônia tem mais de 40% do seu território protegido (9,6 milhões de hectares entre áreas de proteção ambiental dos governos federal, estadual e municipais, além de terras indígenas). A partir de 2016, esta área de proteção passará para quase 45%, com a adição de três novas unidades, com mais de um milhão de hectares, abrangidas pelo Arpa.
As atuais unidades em regime de proteção federal são a PE-Corumbiara; PE-Guajará-Mirim; Esec-Serra 3 Irmãos; Resed-Cautário e Resex- Rio Preto Jacundá. As novas áreas contempladas com recursos do Arpa são a Esec-Samuel; PE-Serra dos Reis e Resex-Pacaás Novos. "As projeções iniciais, feitas em 2014 com o dólar a R$ 2,2, para o biênio vindouro eram de R$ 4,8 milhões, mas como os recursos são corrigidos pelo dólar, esperamos algo em torno de R$ 8,4 milhões, hoje cotado a R$ 3,8", afirma Osvaldo Pittaluga, coordenador de Unidades de Conservação e gerente do programa Arpa em Rondônia.
Nas áreas protegidas pelo Arpa, somente são permitidas atividades de pesquisa e visitação (turismo ecológico), "o que garante a preservação dos nossos recursos, evitando, por exemplo, que aconteça em Rondônia o que São Paulo está enfrentando com a constante falta de água, porque lá devastaram a Mata Atlântica que mantinha o equilíbrio do ecossistema (rios, animais e vegetação) e garantia a sustentabilidade da região Sudeste", lamenta Pittaluga.
"A credibilidade do governo de Rondônia junto aos órgãos federais, por estar cumprindo os acordos e metas firmados com o Arpa; a fiscalização, monitoramento, capacitação de pessoal e gestão das áreas de conservação avalizam os novos investimentos que vão, praticamente, dobrar os mais de 1,2 milhões de hectares protegidos (em 2016 serão 2,2 milhões de hectares), com verbas federais e doações internacionais", comemora Vilson Salles, secretário da Sedam.
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