Durante a ação, pelo menos 180 balsas foram retiradas da Área de Preservação Ambiental. Também foram apreendidas duas pepitas de ouro
A Operação Azougue resultou na expedição de 18 autos de infrações, que juntos somam multas de mais de R$ 3 milhões, na capital de Rondônia. Durante a ação, pelo menos 180 balsas foram retiradas da Área de Preservação Ambiental (APA), outras 104 foram notificadas, três lanchas apreendidas e 18 pessoas conduzidas à Polícia Federal. Também foram apreendidas duas pepitas de ouro, dois volumes com mercúrio, uma porção de cocaína e uma de maconha.
A operação foi desencadeada, na última quinta-feira (10), pela Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), no rio Madeira. De acordo com o secretário de Segurança, Antônio Carlos dos Reis, a ação contou com o suporte de 12 embarcações, um helicóptero, uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros, um trator, 12 viaturas, um microônibus e 96 servidores, entre policiais, fiscais e técnicos.
A operação denominada Azougue - uma alusão ao material utilizado para separar as impurezas e o ouro garimpado - contou com a integração de diversos órgãos, como Polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, além do Ministério Público, Sociedade de Portos e Hidrovia (Soph), Corpo de Bombeiros, Batalhão de Polícia Ambiental, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), Marinha, Exército e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O secretário Antônio Carlos dos Reis disse que a integração das forças de segurança pública e a união dos esforços dos órgãos envolvidos foram o maior ganho da operação. "A situação irregular das dragas na APA do rio Madeira era um assunto que vinha sendo discutindo no Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que compõe os órgãos responsáveis. Chegamos a um consenso que tínhamos que unir forças, cada um em sua atribuição, para combater essa prática criminosa. Com a operação, mostramos a presença do estado e conseguimos fazer valer a lei", argumentou Reis.
O secretário explicou, ainda, que todas as dragas/balsas que estavam ao logo dos 21 quilômetros da APA do rio Madeira foram removidas do local, e que de agora em diante será mantida a fiscalização para impedir nova entrada. "Além de estarem em uma área de proteção ambiental, e de forma irregular, elas causavam prejuízos nocivos ao meio ambiente, contribuindo para o assoreamento do rio, contaminando as águas com produtos da mineração, bem como, dificultando a navegação", salientou Reis.
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