Perímetro urbano de Palmas está invadindo o Parque Estadual do Lajeado.
Órgãos de proteção começam a se movimentar para evitar degradação.
Um estudo feito pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) mostra que pelo menos 19 loteamentos foram identificados dentro área de proteção ambiental do Parque Estadual de Lajeado. O local tem uma área de 121 mil hectares, que abrange quatro municípios e possui diversas belezas naturais, mananciais, além da fauna e flora. O problema é que o perímetro urbano da área está crescendo de forma desordenada.
O local é preservado por lei e existem loteamentos em áreas proibidas. Os guardas ambientais fazem um trabalho de preservação com um viveiro de mudas com plantas características da região, além de um banco de sementes.
"O nosso grande foco é sensibilizar os vizinhos da unidade de conservação, porque as fazendas próximas podem ser invadidas por onças e a gente precisa sensibilizar" disse a técnica de Educação Ambiental do Naturatins, Nazareth Sapondi.
Os animais em extinção que habitam a região e as nascentes escondidas no meio do cerrado são também a preocupação dos órgãos de proteção. Um vídeo feito pela equipe do Naturatins mostra a presença de onças e do lobo-guará. A área do parque abriga 87 espécies de aves e 33 de mamíferos, além de 18 tipos de répteis, que podem sofrer com a ação do homem.
Em entrevista à TV Anhanguera, o representante do Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo, Luís Hildebrando, disse que o órgão está fazendo parcerias com as instituições envolvidas para eliminar este tipo de atitude. Veja a entrevista completa no vídeo acima.
Em nota, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação informou que tem feito ações constantes que visam à proibição na implantação dos parcelamentos irregulares nas regiões das zonas rurais no entorno da área urbana de Palmas. O órgão também informou que atua em parceria com a guarda metropolitana e os fiscais da fundação do meio ambiente.
A secretaria informou ainda que os autos de infrações gerados quando são de cunho ambiental são encaminhados para o Ministério Público Estadual (MPE). Já para os autos de cunho urbanístico são gerados processos e multas quanto ao embargo dos parcelamentos irregulares. Atualmente, existem mais de 20 parcelamentos irregulares embargados no entorno de Palmas.
http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2016/07/area-de-preservacao-e-ameacada-pela-construcao-de-loteamentos-no.html
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