Com espingardas e carapaças de tatus em casa, homem tenta se esconder da polícia, mas acaba preso

G1 - http://g1.globo.com/ - 07/10/2017
Sítio fica na zona de amortecimento do Parque Estadual do Rio do Peixe. Patrulhamento ainda resultou na apreensão de munições.



Polícia Militar Ambiental prendeu neste sábado (7) em um sítio, em Junqueirópolis, um homem com quem foram encontradas armas de fogo, munições e carapaças de animais silvestres. O trecho fica na zona de amortecimento do Parque Estadual do Rio do Peixe.

No local, foram apreendidos duas espingardas de calibre 36, sete munições de calibre 22 intactas, duas munições de calibre 32 intactas, uma munição de calibre 36 intacta, quatro cartuchos de calibre 36 deflagrados, um cartucho de calibre 38 deflagrado, um cartucho de calibre 32 deflagrado, 130 espoletas, 1,10 quilo de esferas de chumbo, 152 gramas de pólvora, um socador de pólvora, um petrecho de ferro de trocar espoleta, duas lanças de fisgas de ferro para caça, cinco laços de cabo de aço e corda para caça, um mecanismo de arma de fogo do tipo canhãozinho, três armadilhas de jequi de madeira e ferro, dois apitos de pio para caça e três carapaças de tatu-galinha.

Em patrulhamento pela estrada municipal de acesso ao Rio do Peixe, nas imediações da ponte que separa os municípios de Junqueirópolis e Ribeirão dos Índios, os policiais perceberam, ao passar pela propriedade rural, que um homem estava sozinho em meio à pastagem com uma espingarda nas mãos. Ao notar que a viatura havia parado, ele tentou se esconder, abaixando-se no meio da vegetação. No entanto, quando os policiais seguiram em sua direção, ele correu para sua residência, onde foi abordado pela equipe nos fundos da casa.

Durante a abordagem, o envolvido informou que usava a arma para espantar pássaros.

Porém, com a autorização do morador para vistoriar o interior da residência, os policiais encontraram mais uma arma de fogo e munições. Além disso, também localizaram em um rancho ao lado da residência as armadilhas, as fisgas, os laços e as três carapaças de tatu-galinha.

Além da prisão, o homem ainda recebeu dois autos de infrações ambientais: uma multa no valor R$ 3 mil, por ter em depósito produtos da fauna silvestre, e uma advertência, por caçar animal da fauna silvestre.

A prisão, que foi ratificada pela Polícia Civil, sem direito a fiança, teve como base, em tese, os crimes de caça e posse irregular de armas de fogo. O envolvido permaneceu no aguardo da audiência de custódia na Justiça. Já os materiais apreendidos ficaram na Delegacia da Polícia Civil.

As carapaças dos animais silvestres foram destruídas no aterro sanitário de Dracena, após a emissão de um laudo veterinário.



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