Audiência Pública discute problemas de Fernando de Noronha em Brasília
05/12/2018 22:13
Reunião discutiu o turismo sustentável do arquipélago de Fernando de Noronha
Uma Audiência Pública discutiu o turismo sustentável do arquipélago de Fernando de Noronha, nesta quarta-feira (5), na Câmara dos Deputados, em Brasília. Comandada pelo deputado federal pernambucano Felipe Carreras (PSB), a audiência contou ainda com a presença do Ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, do administrador da ilha, Guilherme Rocha, e de representantes do Ibama e do ICMBio.
Entre os assuntos que dominaram a reunião, estavam o balizamento noturno do Aeroporto da Ilha, que até então não foi aprovado pelo ICMBio, o abandono do antigo Hotel Esmeralda, o valor da taxa cobrada pela Econoronha para acesso ao Parque Nacional e o Plano de Manejo.
Vôos noturnos
O ministro Edson Duarte defendeu que não há necessidade do arquipélago receber aviões durante a noite. "Quem vai à noite pode ir durante o dia. Os voos noturnos para Fernando de Noronha são de baixa necessidade e não alteram em nada o funcionamento da ilha", disse.
Carreras argumentou que o funcionamento do aeroporto de Noronha durante a noite não é uma questão comercial, chamando a atenção para a necessidade de vôos emergenciais em casos em que moradores ou turistas precisem de atendimento médico na capital do estado. "Acredito que quando falamos de vidas, de pessoas que precisam ser atendidas de forma urgente no Recife, não devemos colocar obstáculos sem motivos concretos", afirmou o deputado.
Plano de Manejo
Foi questionado o motivo de as demandas da Área de Preservação Ambiental de Fernando de Noronha não terem sido atendidas durante a elaboração do documento. "Eles se reuniram,fizeram apontamentos importantes. São pessoas que vivem na Ilha, que conhecem as necessidades e devem ser levadas em consideração", disse Carreras.
Segundo o ministro, o documento pode ser revisto, mas apenas com a presença do Ministério Público, pois o Plano foi iniciado em 2017. "Acredito que o que está assinado é o que vale. Se quisermos discutir, sugiro que seja com a ajuda do MPF ou mesmo via Justiça", informou Edson Duarte.
Hotel Esmeralda
O hotel está abandonado e já sofreu dois incêndios. Carreras questionou a falta de medidas do órgão responsável pela conservação da Ilha em relação ao hotel. "Acredito que pode passar para uma empresa privada, que tenha recursos para promover a reforma e depois a exploração do local. Ou mesmo obter recursos e promover a requalificação", sugeriu.
O ministro declarou que vai amanhã em Fernando de Noronha e aproveitará para avaliar o local. Se existe um empreendimento sem uso, precisamos dar destinação. Amanhã avaliarei a [UTF-8?]situação" , afirmou.
Econoronha
Felipe Carreras criticou a alta taxa cobrada para ter acesso ao Parque Nacional, principalmente em relação aos turistas estrangeiros, que precisam pagar mais do que o dobro dos brasileiros. "Do total de turistas que Noronha recebeu em 2017, apenas 4% eram estrangeiros. Lá, eles pagam uma taxa de R$ 212. O brasileiro paga metade. Acredito que se cobrarmos o mesmo para os dois, no valor de R$ 100, poderíamos atrair mais estrangeiros, assim como acontece em vários destinos por todo o mundo, afirmou o parlamentar.
Segundo o ICMBio, existe uma regra de cobrança e que não pode ser alterada. O Econoronha arrecada cerca de R$ 9 milhões por ano, sendo cerca de R$ 1,3 milhão para o ICMBio e R,4 milhões para a continuação do trabalho na Ilha.
Também estiveram presentes o Presidente da Associação de Pousadeiros de Fernando de Noronha, Ivan Costa, e representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Estado de Pernambuco, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco e da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH).
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2018/12/05/internas_economia,770142/audiencia-publica-discute-problemas-de-fernando-de-noronha-em-brasilia.shtml
Turismo Ambiental
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