Parque Nacional do Caparaó está fechado por tempo indeterminado, impactando o turismo local
Os empresários que compõem o Circuito Caparaó Capixaba realizam um levantamento dos prejuízos econômicos que o setor já sofre e continuará sofrendo enquanto a portaria do Parque Nacional (Parna) do Caparaó em Pedra Menina estiver fechada, em decorrência das enchentes que assolaram o Estado no mês passado.
O fechamento foi determinado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra a unidade de conservação, no último dia 24 de janeiro, para ambas as portarias, a capixaba e a mineira, por tempo indeterminado.
"Em função das intensas chuvas que atingiram a região, os acessos internos da unidade foram comprometidos com quedas de barreiras e árvores, entre outros inúmeros danos, não se tendo condições mínimas de trafegabilidade e segurança", explica o técnico administrativo Euler Gontijo Machado, chefe substituto do parque.
No tocante à portaria de Pedra Menina, especialmente, prossegue o chefe, além das quedas de barreiras e árvores, há trechos em que o próprio leito da estrada cedeu. "Estamos empenhados em viabilizar a recuperação das estradas e estruturas danificadas, conscientes da dimensão dos danos, notadamente em relação à portaria de Pedra Menina. Assim que alcançarmos as condições necessárias para reabertura da unidade, daremos ampla publicidade", informou.
A administração do Parque aguarda, para esta semana, a chegada de uma equipe de engenharia e obras do ICMBio que irá avaliar os danos e elaborar planejamento emergencial para a recuperação das estradas e estruturas físicas do parque.
Enquanto isso, o Circuito Caparaó Capixaba faz o que pode para quantificar e minimizar os prejuízos do setor turístico, tão importante economicamente para a região.
Um formulário online, com garantia de sigilo dos dados, pode ser preenchido pelos proprietários de estabelecimentos comerciais de Dores do Rio Preto, Divino de São Lourenço, Ibitirama, Guaçuí e áreas fronteiriças para que se tenha uma visão melhor das perdas de renda e empregos.
"A portaria capixaba do parque recebeu 40 mil visitantes em 2019. Considerando uma média de consumo de no mínimo R$ 100 por visitante, são R$ 4 milhões em um ano, dinheiro que circula entre pousadas, restaurantes, mercados, padarias, farmácias e lojas diversas. É uma quantia importante para a economia da região", pontua Marcelo Sanglard, presidente do Circuito Caparaó Capixaba.
O Circuito mensura que a capacidade instalada dos empreendimentos da região hoje é de 1.100 refeições simultâneas e 550 leitos.
"Nós temos notícias de cancelamento de reservas e outros empresários receando ter que fechar estabelecimento em função do fechamento da portaria", diz, ressaltando que os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e julho são os mais movimentados para o turismo da região.
Outra ação em curso do Circuito é fortalecer a campanha permanente de divulgar outros atrativos turísticos, além do parque. "O Caparaó não é só o Pico da Bandeira", enfatiza, citando cachoeiras e outras atrações, distribuídas ao longo de todo o entorno da unidade.
O Circuito abriu também uma conta bancária para recebimento de doações que possam ajudar a restabelecer o acesso à portaria da Pedra Menina.
Bancoob/Sicoob
Banco no 756
Agência: 0001-9
C/P: 63.257.610-3
Associação Circuito Caparaó Capixaba
CNPJ: 28.404.358/0001-07
https://seculodiario.com.br/public/jornal/materia/circuito-caparao-realiza-levantamento-dos-prejuizos-com-fechamento-de-parque
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