Vinte pequenos produtores rurais de diversos municípios do Mato Grosso participaram na terça-feira (4) de um curso para aprender a lidar com técnicas de queimada controlada, prevenção e combate a incêndios florestais e primeiros socorros. A idéia é reduzir o número de casos de incêndios na região.
As aulas práticas, que ocorreram na Estação Ecológica (Esec) de Iquê, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Mato Grosso, foram promovidas pelos analistas ambientais Gabriel Zacharias e Fabrício de Castro, do Ibama, e por oficiais do Corpo de Bombeiros Militar de Brasília.
Participaram ainda do curso técnicos de secretarias municipais de Meio Ambiente do noroeste do Mato Grosso, da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado do Mato Grosso (Indea), do Ibama local e do Ministério Público Estadual.
Intitulado Alternativas ao Uso do Fogo, o curso está no nono módulo e é resultado de uma parceria firmada entre os governos brasileiro e italiano, viabilizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Embaixada da República da Itália.
A Esec foi o cenário para a apresentação das ferramentas e das técnicas usadas pelo Prevfogo e pelo Corpo de Bombeiros no combate a incêndios florestais. As aulas práticas dentro da estação serviram também para a população entender melhor o funcionamento e o trabalho das brigadas em unidades de conservação.
A troca de experiência entre produtores rurais, brigadistas do Corpo de Bombeiros e do Prevfogo foi um dos principais momentos da atividade. A realização da aula sobre queimada controlada e alternativas ao uso do fogo em uma unidade de conservação ajudou a mostrar a importância de se usar outras ferramentas para a limpeza da área rural e a ameaça que o fogo representa para biodiversidade.
Situada no noroeste de Mato Grosso, a Esec de Iquê está próxima da região que agrupa alguns dos municípios que apresentam os maiores índices de incêndios florestais do País. As queimadas são feitas para renovação de pastagem, abertura de novas áreas para a expansão agropecuária e para desmatar áreas da floresta para estabelecimento de agricultura de subsistência, em especial pelos pequenos produtores e pelos assentamentos rurais. Entre agosto e outubro, período da seca, o risco de incêndios florestais assumem grandes proporções.
Conhecida como "arco do desmatamento", a região também registra número elevado de extração ilegal de madeira. Atualmente, com o reforço da fiscalização, a extração vem sendo praticada de modo sustentável e com o mínimo de agressão à floresta.
UC:Estação Ecológica
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