Gestores da Área de Proteção Ambiental (APA) do Ibirapuitã, unidade de conservação gerida pelo Instituto Chico Mendes no Rio Grande do Sul, e pesquisadores da Fundação Zoobotânica (FZB), da Secretaria de Meio Ambiente do Estado e do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) elaboraram um projeto que visa avaliar a paisagem, composição, estrutura e dinâmica de comunidades terrestres e aquáticas na unidade de conservação federal, analisando quais as potencialidades, conflitos de uso e opções de sustentabilidade existentes na área.
O projeto conta com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD/CNPq/MCT).
No final do mês de setembro técnicos da Fundação Zoobotânica estiveram na região numa primeira expedição de reconhecimento no território da APA, ocasião em que foram percorridas estradas, acessos, passos e algumas propriedades da porção sul da UC, região onde predominam os solos basálticos.
No início de novembro serão realizadas mais duas expedições: uma com especialistas em organismos aquáticos, cujo foco será selecionar pontos do rio Ibirapuitã e afluentes para coletas de informações durante os nove anos de duração do projeto. Na outra expedição, o mesmo grupo de pesquisadores que esteve na APA em setembro visitará a porção norte da unidade de conservação, agora onde predominam áreas de solos areníticos.
O projeto se materializa como mais um passo para a consolidação do Plano de Manejo da APA - documento norteador das ações que devem ser executadas na área protegida visando conservar sua biodiversidade.
Ao todo ele reúne oito subprojetos que visam o mapeamento de uso e de cobertura do solo da APA, a caracterização da estrutura das comunidades terrestres e aquáticas, a avaliação da sua evolução ao longo de determinado tempo e a sua variação em relação à disponibilidade de água e aos impactos de atividades como pecuária e agricultura, a fim de identificar conflitos e potencialidades de práticas sustentáveis.
Espera-se, com a conclusão da pesquisa, identificar formas de interação entre os elementos bióticos e abióticos dominantes na APA do Ibirapuitã, e sua interação com o homem; criar mecanismos que possibilitem uma gestão ambiental, social, cultural e economicamente sustentáveis que sirvam de modelo para outras regiões; promover ações de divulgação/educação ambiental nas regiões abrangidas pelo projeto; incrementar as coleções científicas de referências da flora e fauna do Bioma Pampa; além de contribuir para o alcance de meta de proteção do Bioma Pampa e de promover a conservação de campos nativos de regiões temperadas. Mais informações podem ser obtidas no endereço da APA: http://sites.google.com/site/apadoibirapuita
http://www.icmbio.gov.br/noticias/projeto-mapeia-atributos-naturais-da-apa-do-ibirapuita
UC:APA
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- UC Ibirapuitã (APA)
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