Em breve, o Estado do Amapá estará abrigando na sua porção norte o maior parque nacional do Mundo. Trata-se do Parque do Tumucumaque, com uma área de 3,8 milhões de hectares, de natureza intocada pelas mãos de um homem. A idéia começou a ser concretizada depois que uma equipe do Ministério do Meio Ambiente e ambientalistas do grupo WWF, uma organização não-governamental esteve visitando o Amapá.
O passeio trouxe a notícia de que o ministro Raul Jungman estaria repassando terras da União ao Ministério do Meio Ambiente, terras estas que seriam destinadas a criação de uma Unidade de Conservação. Vale, ressaltar que outras de cunho federal e estadual já existem.
Duas glebas, a do Tumucumaque e do Mururé, foram as primeiras escolhidas, juntas chegaram a pouco mais de 2.400 mil hectares. Posteriormente, foram anexadas a de Oiapoque e de Reginá, estas últimas pertencentes ao Incra. Com essa criação, o Rio Oiapoque e a Floresta Nacional do Amapá seriam outros dois locais, a ganharem proteção.
ARPA
O projeto apoiado pelo WWF, ficará inserido no Arpa, Áreas de Protegidas da Amazônia, cujo objetivo é alcançar o percentual de pelo menos 10% em áreas protegidas por toda Amazônia. Nele, será injetado recursos na ordem de U$ 270 milhões que deverão ser aplicados num período de dez anos, advindos do Governo Federal, do Fundo para o Meio Ambiente Mundial e WWF. Já foram contactadas as Secretarias de Meio Ambiente municipal e estadual além de outros órgãos.
O Parque do Tumucumaque foi literalmente 'escolhida a dedo', por ser de difícil acesso, localizado numa área inóspita, com relevo acidentado, não podendo ser explorado economicamente, além de estar longe do eixo de desenvolvimento: a BR-156. Fica localizado nos municípios de Calçoene, Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca e Serra do Navio.
Para o presidente do Ibama, Hamiltom Casara, a partir de agora, a área assume um papel importante tanto a nível nacional quanto internacional, por estar atraindo investimentos voltados para a proteção e pesquisas científicas, além de promover o desenvolvimento sustentável, localizadas em áreas decorrentes de visitação e turismo ecológico.
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