O Prefeito de Chapadão do Céu (GO), Paulo Rodrigues da Cunha, o Paulão e o ex-prefeito e produtor rural, Eduardo Pagnoncelli Peixoto entregaram um documento, com várias solicitações, ao Presidente do ICMBio, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Rômulo José Fernandes Barreto Mello.
O documento foi assinado pelo Prefeito Paulão, Eduardo Peixoto e encaminhou mais 83 assinaturas de produtores rurais do entorno do PNE, Parque Nacional das Emas. Solicitam os ruralistas que sejam tomadas medidas para que a relação entre o PNE, Parque Nacional das Emas e as suas atividades agrícolas venham a ser harmônicas, respeitando a preservação ambiental e o direito de produzir.
Basicamente o documento aborda três tópicos, que estão em embate jurídico, discussão e ou em estudo; o Plano de Manejo e suas regras, o uso de transgênicos e a questão da alta incidência do porco do mato, vindos do PNE, para as lavouras.
O documento transcreve a angustia do produtor rural ante as regras estabelecidas pelo ICMBio e pela legislação, que estão, segundo os produtores, impossíveis de serem cumpridas e produzir ao mesmo tempo.
Rômulo defendeu o diálogo entre os produtores rurais e a ICMBio, para que se chegue o mais rápido possível à conciliação, igualmente proposta pelo documento, para a produção sustentável. Um dos mecanismos indicados é a participação nas reuniões do Conselho Gestor do PNE, com sugestões viáveis.
Durante o encontro foi proposto um convênio com a UFG, Universidade Federal de Goiás, de Jataí, para desenvolvimento de pesquisa sobre a produção agrícola no entorno do PNE.
No encontro para entrega do documento assinado pelos produtores estavam ainda; o Diretor de Unidades de Conservação de Proteção Integral, Ricardo José Soavinski, o Deputado Federal, Leandro Vilela (PMDB-GO) e o ambientalista Gérard Moss.
O documento encerra com alguns alertas, entre eles sobre regras estabelecidas por alguns, que sequer conhecem a realidade dos produtores e do local, o que tem provocado o distanciamento dos produtores ao vizinho PNE. Muitos proprietários daquela região estão optando por arrendar suas terras para o plantio de algodão e da cana-de-açúcar. O incômodo é bem menor, alerta.
"O bom agricultor sabe que o meio ambiente equilibrado é condição essencial para o sucesso da sua lavoura", diz o documento. Por fim alerta, "Afinal de contas, uma legislação coerente diminui a ilegalidade e a corrupção".
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