OESP, Vida, p. A26 - 09/07/2011
Polícia Ambiental flagra fábrica de palmito em área de proteção
A Polícia Ambiental lacrou uma fábrica clandestina de palmito que funcionava no entorno do Parque Estadual Carlos Botelho, em São Miguel Arcanjo, a 180 km de São Paulo.
Foram apreendidas na quarta-feira 1,5 mil toras de palmito in natura, além de cerca de cem potes com o produto industrializado. Cada palmito corresponde à derrubada de uma palmeira-juçara, típica da Mata Atlântica. Um homem foi preso e dois outros fugiram. A pessoa detida foi multada em R$ 17 mil e vai responder por crime ambiental.
Os policiais apuraram que o palmito era cortado no interior do parque, uma reserva de Mata Atlântica com 37 mil hectares. Desde o início do ano, a Ambiental apreendeu 8 mil unidades de palmito apenas nessa região, 20% a mais que no mesmo período de 2010.
A palmeira-juçara é uma espécie importante para o ecossistema da Mata Atlântica, mas está ameaçada de extinção, segundo a Secretaria do Meio Ambiente. Aves (tucano, jacutinga) e mamíferos (paca, cotia) dependem dos frutos. Calcula-se que sejam derrubadas 100 mil palmeiras por ano em São Paulo, especialmente no Vale do Ribeira, para a retirada do palmito. A preparação inadequada do produto pode causar intoxicações graves, como o botulismo.
OESP, 09/07/2011, Vida, p. A26
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110709/not_imp742615,0.php
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