Há cerca de dois meses, dois pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), têm percorrido o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, para mapear as características das planas da região. O trabalho deve servir para indicar, através dos dados coletados, quais pontos do parque estão mais propensos às queimadas. "Ao final de todo esse processo, poderemos detectar as características fisiológicas dessas plantas e baseado nesses dados, utilizaremos possivelmente essas espécies como indicadores para reflorestamento", explicou o pesquisador James de Moraes.
Conforme frisou James, é necessário cautela para realizar o trabalho de campo para manter a qualidade e a integridade dos dados recolhidos. As amostras começaram a ser coletadas em junho deste ano. A cada 15 dias a dupla recolhe folhas e porções de terra que são encaminhadas para o laboratório da universidade. As espécies são identificadas e localizadas por um aparelho de GPS.
"Nós vamos fazer um levantamento agora da retenção de água, de umidade nas folhas dessas plantas. Então, com esse levantamento nós podemos mapear as áreas que são mais frágeis, porque se houver abundância de uma determinada espécie em uma área cuja espécie já tem pouca água na folha é bem provável que essa área do parque estaria mais propensa a incêndios", disse o pesquisador Alan Tocantins.
Pelo menos nove espécies foram encontradas em abundância no parque, entre elas pequizeiros, carvoeiros, coroas de frade e perobinha do cerrado. Todas as vegetações típicas do cerrado. São árvores pequenas, retorcidas e de troncos secos. Características que facilitam as queimadas.
Nos últimos dois anos, foram registrados mais de cem focos dentro e no entorno do parque. Em geral, as árvores encontradas são sobreviventes de queimadas, além de resistirem às chuvas do verão, depois a um longo período de estiagem.
http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2014/08/pesquisadores-mapeiam-plantas-de-parque-de-mt-propensas-queimada.html
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