Começa dia 23 a 'Expedição Jari', pelo Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (ParNa M. Tumucumaque), localizado no oeste do estado do Amapá e em um pequeno trecho nordeste do estado do Pará, na Amazônia Brasileira. Ela é promovida pela equipe do PNMT, com a Gerência Regional do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Macapá, e pelo WWF-Brasil, contando também com a colaboração dos índios uaiampis e de outras instituições -em complementação ao Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), do governo federal. A expedição deve percorrer, durante 30 dias, mais de mil quilômetros do rio Jari, a oeste do parque nacional, com a participação de integrantes da equipe do ParNa M. Tumucumaque, índios uaiampis, membros de comunidades locais (São Francisco do Iratapuru, Laranjal do Jari etc.), pesquisadores, técnicos do WWF-Brasil (e do WWF-EUA), além de autoridades nacionais e estaduais do Amapá, entre outros.
A Expedição Jari tem o objetivo de fazer o reconhecimento de uma área jamais visitada pela atual equipe do parque nacional, pelo difícil acesso e alto custo; propiciar maior integração das ações entre o Ibama e os índios uaiampis, que vivem em uma área vizinha (Terra Indígena Wajampi) à essa unidade de conservação; e iniciar o estudo do entorno desta porção do parque nacional para colaborar com sua melhor integração à região e com a elaboração do plano de manejo. Durante o trajeto, placas de sinalização serão afixadas nos limites ao longo do rio Jari.
A área de 38 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Rio de Janeiro, confere a esse parque nacional o título de maior reserva em floresta tropical do mundo. O ParNa M. Tumucumaque é uma das unidades de conservação contempladas pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), do governo federal. Esse programa é coordenado pelo MMA e Ibama, com participação de quase todos estados amazônicos, inclusive os do Amapá e Pará, e vários outros parceiros, como Banco Mundial/GEF, KfW/gtz, Funbio etc. Ele tem como meta criar e consolidar 500 mil quilômetros quadrados da floresta amazônica, em 10 anos, além de criar o Fundo de Áreas Protegidas para mantê-las para sempre.
(Ana Cíntia Guazzelli-WWF-Brasil-São Paulo-SP-21/07/05)
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