Nova demarcação pode ampliar área preservada

Jornal de Santa Catarina - 07/08/2002
A Reserva Biológica Estadual do Sassafrás é vizinha das áreas de reflorestamento das empresas Cebex e Battistella. A última foi uma das mais desmatadas no movimento de resgate das terras tradicionais iniciado pelos índios da Reserva Duque de caxias em junho de 1998, junto com a nova demarcação da área indígena feita pela Fundação Nacional do índio (Funai) na época.
A reserva foi criada em 1977, pelo Decreto Estadual 2.211, levando em consideração que o Sassafrás (Ocotea odorifera) era já uma essência florestal em extinção, e que o Estado era o único produtor do óleo de sassafrás, ou safrol, no país. A reserva tem um total de 5 mil hectares, sendo 3,8 mil deles na gleba de Doutor Pedrinho, e o restante na gleba localizada na localidade de Alto São João, em Benedito Novo.
A área passa agora por uma nova demarcação, feita com o apoio do Global Positioning System (GPS) - um sistema de monitoramento por satélite. A nova medição está localizando os antigos marcos de delimitação e deverá inclusive, aumentar a área cartograficamente desenhada da reserva biológica.
Entre a fauna local, são encontrados mamíferos como cotias, veados, quatis, graxains e pássaros como o jacu, o uru e o nhambu. Além do sassafrás, da canela-preta e da peroba, também, são encontradas árvores como a laranjeira-do-mato e cedro.
"Essas, madeiras têm um valor muito alto e despertam a cobiça de muitos grupos. Existe uma pressão madeireira e extrativista forte na região", diz Leocarlos Sieves, ambientalista e conselheiro da Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena).
(-Jornal de Santa Catarina-Florianópolis-SC-07/08/02)

UC:Reserva Biológica

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