O Globo, Rio, p.14 - 12/12/2005
IEF combate ocupação irregular na Pedra Branca
Solange Duart
Fiscais do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) fizeram ontem de manhã uma operação para demolir construções irregulares dentro e no entorno do Parque da Pedra Branca, em Jacarepaguá. Os alicerces de duas casas em início de construção foram derrubados. Foram apreendidos ainda uma espingarda e uma armadilha para caçar tatus, além de material de construção.
O grupo encontrou um aterro clandestino de 2.500 metros quadrados em volta do parque, em Vargem Grande, que estava sendo dividido em lotes. Este mesmo terreno, só que com 500 metros a menos, tinha sido interditado pelo IEF na quarta-feira passada. O comerciante Geraldo Maia Filho, dono do terreno, foi autuado e será intimado a prestar esclarecimentos. Ele deverá também ser multado. A área foi delimitada com uma faixa amarela e fixado um cartaz avisando sobre sua interdição.
Dentro do Parque da Pedra Branca, no Caminho Cabungui, duas casas de alvenaria estavam sendo construídas sem licença a cerca de 250 metros de altura. A primeira já estava com os alicerces prontos. O proprietário, Áureo José de Souza, disse ter comprado o terreno por R$ 5 mil. Ele foi intimado a prestar depoimento na DPMA no próximo dia 12. Na segunda casa, não havia ninguém, mas foram apreendidos material de construção, uma espingarda e uma armadilha para tatu.
Administrado pelo IEF, o Parque da Pedra Branca tem 12.500 hectares. O IEF conta com três pontos de fiscalização: no Pau da Fome, na Taquara; em Camorim, também em Jacarepaguá; e em Rio da Prata, em Campo Grande. Em 2006, haverá mais dois postos: em Vargem Grande e Piraquara, em Realengo.
O Globo, 12/12/2005, Rio, p. 14
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