Mais Mata Atlântica destruída

Mais Mata Atlântica destruída

Um incêndio na Floresta da Tijuca destruiu 70 mil metros quadrados de Mata Atlântica por mais de três horas na tarde de ontem. O fogo se alastrou no lado oeste da floresta, um dia depois de outro incêndio ter destruído 50 mil metros quadrados do Parque Estadual da Pedra Branca. O tempo seco e quente prevalece no Estado pelo menos até domingo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
No lado oeste da Floresta da Tijuca, em direção a Taquara, o avião do Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros lançou água oito vezes até controlar o incêndio, por volta das 15h, num total de quase 26 mil litros. O local é de difícil acesso por terra. Mesmo assim, 28 bombeiros do Grupamento de Socorro Florestal participaram do combate às chamas.
De acordo com o coronel Marcos Silva, comandante das Unidades Especializadas do Corpo de Bombeiros, o fogo foi causado por ação humana e se alastrou com o tempo seco.
Meteorologista do Inmet, Almerino Marinho afirmou que uma massa de ar quente e seco que está estacionada em boa parte do país há duas semanas contribui para o aumento de incêndios florestais.
- A umidade relativa do ar no Rio de Janeiro chegou a atingir ontem 45%. Abaixo de 50%, as chances de ocorrerem incêndios já começam a preocupar - analisa Marinho. O técnico acrescenta que a falta de umidade no ar é comum nesta época do ano. A temperatura máxima no Rio chegou ontem a 35 graus. Hoje, a máxima prevista é de 33 graus .

JB, 10/09/2004, Cidade, p. A23

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