De 6 a 10 de novembro integrantes da diretoria da Ecoa com sua equipe de profissionais e seus convidados (pesquisadores e representantes de ongs) participaram de uma viagem técnica com objetivo de acompanhar e registrar os resultados dos projetos desenvolvidos pela instituição nas comunidades no Pantanal.
O roteiro contemplou passagens no município de Miranda a 198 km de Campo Grande, Estrada Parque Pantanal a 15 km de Corumbá, Porto da Manga a 60 km de Corumbá e Serra do Amolar, região do Pantanal na divisa com o Estado do Mato Grosso.
Miranda - Após a saída da capital do Estado, Campo Grande, a primeira parada foi em Miranda, onde a Ecoa trabalha com pescadores artesanais de isca. Os integrantes da viagem tiveram a oportunidade de conhecer a mais recente conquista da comunidade: a sede da Associação onde são feitas reuniões, encaminhados documentos e ainda a venda das iscas.
O presidente da Associação, Liezé Francisco Xavier lembrou que no início trabalhar como pescador de isca era tarefa difícil. "Não tinha reconhecimento, nem respeito. Nós éramos vistos como marginais. Até que conhecemos a Ecoa, o único órgão que nos incentivou, apoiou para termos uma organização e também orientou a preservar o meio ambiente. Hoje a gente vê como é importante esse contato do pescador com o meio ambiente. Sem o meio ambiente, é impossível ter nossa profissão".
Estrada Parque Pantanal - Na seqüência, um reconhecimento da Estrada Parque Pantanal, unidade de conservação, com 120 km de extensão, repletos de corixos, aves, capivaras, jacarés e lindas paisagens. Apesar do grande potencial turístico o local ainda não dispõe de iniciativas que proporcionem o aproveitamento dos recursos com melhoria de qualidade de vida para os moradores da região.
A Ecoa vem coordenando e incentivando ações com governos e comunidades locais para a implantação de um Plano de Manejo para a Estrada Parque Pantanal. No percurso pela estrada, o grupo constatou as péssimas condições da estrada e das pontes, o que inibe a visitação turística.
Porto da Manga - Dando prosseguimento à viagem, o grupo chegou ao Porto da Manga, outra comunidade formada por pescadores de isca, onde a Ecoa instalou um Núcleo de Apoio Móvel, para promover cursos, treinamentos, palestras, reuniões e acompanhar os projetos. No Porto da Manga, o coordenador dos trabalhos de campo da Ecoa, Jean Fernandes, apresentou ao grupo o projeto piloto com as iscas vivas (tuviras) e a pesquisadora do Ibama Rosana Aparecida Cândido Pereira demonstrou os resultados com a pesquisa científica realizada, em parceria com os pescadores, para reduzir o índice de mortalidade das iscas na região.
A comunidade destacou a atuação da Ecoa no local, ressaltando a introdução do macacão, uma vestimenta que protege os trabalhadores durante a coleta das iscas. "O macacão foi a melhor coisa que inventaram pra nós", comemorou a pescadora Elizete Garcia Soares. Ela lembra ainda que usava duas calças antes do equipamento e hoje sente orgulho de ser pescadora. "Até minha pele melhorou", confessou.
Serra do Amolar - O próximo local visitado foi a Serra do Amolar, região do Pantanal localizada entre os municípios de Cáceres (MT) e Corumbá (MS). O local contém pequenos sítios na margem do rio, onde as comunidades vivem da agricultura de subsistência, pecuária, caça e pesca. O grupo conheceu o Núcleo de Apoio da Ecoa que não apenas sedia reuniões e treinamentos, como também recebe pesquisadores de instituições parceiras e sua própria equipe para acompanhar os trabalhos.
Os visitantes presenciaram uma exibição do uso do rádio amador, pelas equipes da Ecoa. O aparelho é a única forma de comunicação com a cidade disponível para a comunidade, instalado por iniciativa da Ecoa.
Parque Nacional do Pantanal Matogrossense - O roteiro termina com o reconhecimento do Parque Nacional do Pantanal, com a apresentação de resultados como a inserção de membros da comunidade na Brigada de Combate e Prevenção ao Fogo no Parque Nacional. O fato se deve a um curso de capacitação para brigatistas articulado pela Ecoa, em parceria com o Ibama.
Para o chefe do Parque Nacional, José Augusto Ferraz de Lima a instalação dos núcleo da Ecoa facilitou a parceria com as comunidades. "Um dos ganhos foi a conscientização dos ribeirinhos. Hoje eles sabem da importância da conservação do Parque com uma perspectiva de melhoria da qualidade de vida pra eles"
UC:Geral
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