OESP, Vida, p. A19 - 25/06/2008
Após abertura das cavernas, hotéis tentam atrair turistas
José Maria Tomazela
Visitar as cavernas do Vale do Ribeira, no sul do Estado, reabertas ao turismo no último fim de semana depois de vários meses interditadas, pode ser uma opção de passeio para as férias de julho. Pousadas e hotéis fazem promoções para atrair visitantes e recuperar os prejuízos acumulados desde a interdição total das 46 cavernas turísticas, em fevereiro deste ano.
A região tem a maior concentração dessas formações no Brasil, com 404 cavernas catalogadas. A reabertura das 15 grutas que estavam fechadas, entre elas a Caverna do Diabo, a mais visitada do País, resultou de um acordo entre o Ministério Público Federal, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e o Ibama/Instituto Chico Mendes, homologado na última sexta-feira. Outras 12 grutas, entre elas a Caverna de Santana, foram reabertas em abril, mas 20 continuam interditadas e sem prazo para reabrir.
A secretaria tem prazo de dois anos para apresentar os planos de manejo de todas as unidades. As prefeituras de Iporanga, Eldorado e Ribeirão Grande, que têm no turismo uma importante fonte de recursos, querem trazer de volta os visitantes e contam com o apoio dos gestores dos parques estaduais que abrigam as cavernas.
"Tivemos uma queda de 70% no movimento", disse o diretor do Parque Estadual Intervales, Maurício Marinho. O parque em Ribeirão Grande, a 237 km da capital, abriga 14 das cavernas reabertas no último fim de semana. Ele conta que nos feriados a pousada do parque operava com lista de espera e, durante a interdição, chegou a ficar praticamente vazia. Além de escolas e grupos formados por agências de turismo, o parque recebe observadores de aves e pesquisadores. Com a reabertura das grutas Colorida, Mãozinha e Jane Mansfield, as mais visitadas, a expectativa é de que os turistas voltem.
OESP, 25/06/2008, Vida, p. A19
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