A prefeitura de Chapada dos Guimarães conclui nesta semana o projeto arquitetônico e topográfico que irá definir as obras necessárias que deverão possibilitar a reabertura do Parque Nacional, localizado entre Cuiabá e o município.
De acordo com a secretária municipal de Turismo, Cultura e Meio Ambiente de Chapada, Emyle Daltro Pellegrim, o projeto é elaborado por uma equipe de seis profissionais composta por arquitetos, engenheiro civil, turismólogo, topógrafo e geólogo cedidos administração municipal e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), além do corpo técnico do Instituto Chico Mendes, responsável pela unidade de conservação.
"O projeto prevê quais as obras que deverão ser executadas, tipo de materiais que deverão ser usados e, inclusive, estudo de solo", apontou.
O projeto está na fase de elaboração orçamentária e, conforme Emyle Pellegrim, deverá ser entregue até amanhã à Secretaria de Estado de Turismo (Sedtur), que juntamente com a Secretaria de Infra-Estrutura (Sinfra), será responsável pela execução dos serviços.
Já o chefe substituto do Parque Nacional, Jorge Luiz de Almeida, lembrou que a partir da entrega do projeto deverá ser fechado o termo de cooperação entre as prefeituras de Cuiabá e Chapada, os órgãos e instituições que trabalham pela reabertura da visitação.
A expectativa é que as obras comecem já na próxima semana, período em que acontece o Festival de Inverno. O projeto segue orientações do laudo técnico elaborado pelos Departamentos de Geologia Geral e Engenharia Civil da UFMT, apresentado no último dia 13 de junho reitor Paulo Speller, o chefe do Parque e o secretário de Turismo de Mato Grosso, Yuri Bastos.
O relatório, assinado pelo geólogo, professor doutor Prudêncio Rodrigues de Castro Júnior, e engenheiro civil, professor Cláudio Cruz Nunes, aponta no mínimo sete recomendações para a reabertura da visitação ao mirante da cachoeira Véu de Noiva, um dos principais pontos turísticos da região
Segundo o laudo, as adequações precisam ser feitas "para que os visitantes não sejam atingidos pela queda de blocos rochosos que naturalmente se desprendem das escarpas, bem como para evitar a degradação por processos erosivos lineares, principal problema ambiental do Parque".
Neste sentido, sugere uma avaliação minuciosa quanto à segurança do mirante e ao risco de desmoronamento. "Alguns blocos parecem estar suspensos por descalçamento da escarpa, necessitando de obras de estabilização", diz um trecho. "Os pontos para instalação de mirantes devem ser criteriosamente escolhidos e devem contar com projetos de engenharia que garanta a estabilidade do local", acrescenta.
O Parque Nacional está interditado desde 21 de abril passado devido ao desmoronamento de um bloco de arenito do paredão da cachoeira Véu de Noiva, que atingiu cinco pessoas. Uma delas morreu 10 dias depois de internada no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC).
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