ICMBio - www.icmbio.gov.br - 23/07/2008
Um gato maracajá e um macaco bugio atropelados marcam os quatro meses de estudos do Projeto Fauna Viva, que monitora animais atropelados na rodovia BR-116 no trecho que corta o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Em quatro meses foram registrados 107 animais atropelados no trecho de dez quilômetros que corta a unidade de conservação.
Deste total foram atropeladas 51 espécies, como preguiça (Bradypus veriegatus), tatu (Dasypus novencinctus), coelho tapiti (Sylvilagus brasiliensis), lontra (lontra longicaudis), araçari-poca (Selenidera maculisrostris). Tais registros vão orientar a implantação de estruturas de passagem de fauna. Serão aproveitadas as passagens de água subterrâneas e instaladas estruturas suspensas para animais arborícolas.
O biólogo responsável, Guilherme Andreoli, destaca a importância do estudo. As pessoas passam na estrada e não imaginam o número de animais que morrem atropelados. É preciso conscientizar os motoristas para reduzirem a velocidade, além de implantarmos na unidade de conservação passagens de fauna para diminuir o impacto da rodovia sobre as espécies locais.
O Fauna Viva é um projeto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, unidade de conservação gerida pelo Instituto Chico Mendes. O projeto é administrado pela ONG Compartilharte e financiado pela Concessionária Rio-Teresópolis (CRT), em atendimento ao termo de Compromisso para mitigação dos impactos da rodovia na área do parque.
O termo de compromisso assinado prevê ainda o monitoramento da poluição sonora e atmosférica, o controle de espécies exóticas, recuperação da flora nativa, monitoramento de trilhas e acessos irregulares e medidas que aumentem a segurança do tráfego e reduzam a velocidade dos veículos. O termo foi assinado após longa negociação envolvendo a CRT a ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres), o Ministério Público Federal, o Ibama e o Instituto Chico Mendes.
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