Controlado o incêndio no Parque Paulo Cesar Vinha

Gazeta On-Line - http://gazetaonline.globo.com - 09/09/2008
O Corpo de Bombeiros controlou o incêndio no Parque Paulo Cesar Vinha, no km 37 da Rodovia do Sol, que começou no último domingo (7) , em Guarapari. Equipes formadas por 50 representantes do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Corpo de Bombeiros e voluntários estão no Parque monitorando três focos de incêndio. A fumaça continua e o fogo ainda reaparece em focos isolados.

De acordo com a assessoria de comunicação do Iema, o fogo começou em uma das trilhas e cerca de 30% da área de 1.500 hectares foram atingidos pelas chamas. O local é uma unidade de conservação que abriga diversas espécies de plantas e animais. Fatores como o sol e o vento favoreceram o aumento da área atingida, segundo as informações do Iema.

Informações do Corpo de Bombeiros apontam que algumas áreas já incendiadas podem voltar a pegar fogo, já que o local apresenta muita matéria orgânica que pode provocar o reaparecimento dos focos de incêndio. Mas a área que não foi afetada pelas chamas ainda está intacta.

O tempo seco e o vento também estão dificultando o trabalho dos Bombeiros, mas os trabalhos seguem normalmente durante todo o dia. Na parte da noite, a área é isolada e acontece apenas o monitoramento do local para eliminar os riscos, já que o terreno é perigoso e há a presença de animais silvestres.

O Parque Paulo cesar Vinha possui uma das maiores áreas de restinga ainda preservadas do Espírito Santo. Ele foi criado 1990 e está dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba.

Nesta terça-feira (9) o Corpo de Bombeiros iniciou uma perícia, que deve ficar pronta em dez dias, para apurar se o incêndio foi criminoso ou não. Os indícios apontam para a ação humana como fator que causou o começo do fogo, segundo as informações do Iema.

As últimas informações dos Bombeiros são que mais 18 membros da corporação foram deslocados até o local nesta terça-feira (9) para auxiliarem no controle do incêndio.

Após o término dos trabalhos, será feito um diagnóstico para decidir como será realizada a recuperação do local atingido. Os danos causados pelo incêndio só serão ressarcidos daqui a 20 ou 25 anos, quando o ecossistema da região voltar a funcionar como antes, de acordo com as estimativas do Iema.
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