Parques florestais sofrem com crimes ambientais

Diário do Pará - www.diariodopara.com.br - 26/05/2009
O nome usado pelos devastadores é sugestivo: "fogo acidental". É dessa forma que produtores irregulares chamam a queima de reservas florestais permanentes por fogo que "foge ao controle" nas queimadas realizadas em suas propriedades.

O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que cuida do monitoramento de queimadas via satélite em todo o País, Alberto Setzer, afirma que os incêndios criminosos, incluindo o "fogo acidental" fazem com que as reservas florestais permanentes ¿queimem, praticamente, em base anual".

Para Setzer, o País vive "uma desobediência civil generalizada". Até mesmo no Estado mais rico da federação, São Paulo, segundo ele, "onde existe gente, de 20% a 30% do Estado é queimado anualmente". A acidentalidade neste caso é muito baixa, porque pelo menos 90% das queimadas registradas no Brasil são provocadas pelo ser humano.

O fogo é a parte mais visível nesse processo. A extração de madeira, exploração de animais silvestres, assoreamento e contaminação das águas pelo garimpo ilegal são outros fatores de ataque às reservas florestais nacionais.

Há mais de uma semana, por exemplo, 30 policiais federais e 250 militares do Exército estão no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, na divisa com a Guiana Francesa, para coibir a prática de crimes ambientais como a garimpagem ilegal.

A Polícia Federal informou que foram feitas buscas em duas comunidades localizadas no parque, que tem 4 milhões de hectares nos Estados do Amapá e do Pará. Essas comunidades serviam de base para os garimpos. Foram apreendidos todos os materiais e equipamentos e armas considerados ilegais, informa a Agência Brasil.
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