O Jornal O Dia, trouxe na edição de Domingo (20), matéria sobre estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apresentado no Congresso do Sensoreamento Remoto, que mostra o crescimento natural do manguezal da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim em cerca de 500 hectares na última década.
Leia a matéria na íntegra:
Vida Renovada nos Manguezais
Helvio Lessa
Uma década após vazamento com acidente de óleo na Baía de Guanabara, mangue da APA de Guapimirim tem crescimento de 500 hectares. Em Mauá, no município de Magé, a população de caranguejos já é superior a um milhão de crustáceos adultos.
Quase há 10 anos após o acidente ecológico que contaminou a Baía de Guanabara com mais de 1 milhão de litros de olho de tubulação da Petrobras, a natureza reagiu. Estudo do Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (Inpe), no Congresso do Sensoreamento Remoto, mostra que o manguezal da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim cresceu naturalmente cerca de 500 hectares na última década.
Na Praia de Mauá em Magé, outra boa notícia para a natureza. O projeto Mangue Vivo tocado pela ONG Onda Azul, em parceria com a iniciativa privada, triplicou os resultados nos últimos quatro anos.
Um alento para crustáceos, cobras, capivaras, biguás e várias aves migratórias que encontram um porto seguro nos 7,1 mil hectares do manguezal da APA de Guapi ou nos 12 hectares do mangue em recuperação da praia de Mauá.
"Foi um crescimento natural do mangue. É um excelente indicativo de que a APA desempenha o seu papel. Existem atividades de fiscalização ambiental, como patrulhamento aquático, terrestre e eventualmente, aéreo, de helicóptero. Evitamos a ocupação desornada e retirada de madeira e a pesca predatória. Infelizmente o resto da mata atlântica está sofrendo progressiva redução de cobertura vegetal", diz o diretor da APA , Breno Herrera.
No projeto Mangue Vivo o replantio das espécies de mangue vermelho, branco e preto está abrigando uma população de mais de um milhão de caranguejos, o triplo do que era registrado em 2005. " Eles estão em época de reprodução. Em breve teremos muito mais caranguejo por aqui", comemora o reflorestador do projeto, José Alves dos Santos.
Para Antônia Orzório da Silva, coordenadora da ONG Onda Azul, apesar de receber menos verba do que no início do projeto, quando outras quatro ONGs trabalhavam juntas, o mangue otimizou a sua própria estrutura. "Com recuperação de área, foi criado um novo habitat. E além dos crustáceos que já existiam no local, outras quatro espécies reapareceram na área", afirma a coordenadora.
UC:APA
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