Durante toda a semana, O DIÁRIO vem publicando uma série de reportagens sobre o rio Paquequer e problemas quanto a preservação ambiental no município. E, dentro deste contexto, a Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF) tem destaque: a entidade fornece subsídios para organizações não governamentais e setor privado, com o objetivo de proteger a biodiversidade em diversos pontos no planeta.
O programa foi fundado em 2000 e é líder na capacitação da sociedade civil para participação de projetos de conservação dos ecossistemas mais importantes do mundo - e, nesse âmbito, a Mata Atlântica é vista como o principal pólo de proteção, sendo um dos "hot spots" no planeta. Essa definição foi dada pelo biólogo Daniel Rothberg, diretor do CEPF, como áreas com grande potencial e alta diversidade biológica, mas que ao mesmo tempo sofre grande estresse e ameaça de destruição pelo crescimento populacional na região que a circula. O fundo recebe recursos de seis grandes doadores, que já contribuíram ao todo com U$ 125 milhões nos últimos 10 anos, buscando conservar os "hot spots" em todo o mundo.
Visitando o Parque Nacional Serra dos Órgãos (PARNASO), o biólogo americano explicou o trabalho da fundação para ONGs em âmbito local, tendo ajudado a proteger mais de 10 milhões de hectares de terras globalmente. Presente em diversos países, no Brasil a CEPF vem financiando trabalhos fornecendo verbas para quatro grandes organizações do país, que repassam recursos para ONGs menores. Os resultados são relevantes para as Unidades de Conservação (UC) dos Mosaicos, que formam dois corredores importantes no país: o Corredor Central da Mata Atlântica e o Corredor Serra do Mar , onde o PARNASO está situado. "O tipo de trabalho que estamos fazendo agora é dar suporte aos programas a longo prazo. São esforços continuados e que devem ser mantidos permanentemente, e um dos melhores exemplos é este aqui do mosaico: é uma coleção de áreas de proteção que, juntas, são extensas e trabalham integradas para proteção ambiental, conservando e ocupando uma maior biodiversidade", explicou Daniel.
Uma das organizações que recebe fundos do CEPF é a Conservação Internacional, uma das parceiras da entidade que esteve no PARNASO apresentando os trabalhos do Mosaico Central Fluminense ao representante internacional. A coordenadora de Política Ambiental da Conservação Internacional, Ivana Reis, comentou que a visita da CEPF é para consolidar os resultados dos financiamentos já feitos para o programa.
"A CEPF participa desde 2002 no projeto de conservação da Mata Atlântica, apoiando a preservação da biodiversidade. Nessa região de Teresópolis, e grande parte do Rio de Janeiro, está incluído o corredor da Serra do Mar, que é uma região muito rica biologicamente. Estamos agora na fase de consolidação dos resultados obtidos na primeira fase e um deles é a criação de unidades de preservação no corredor da Serra do Mar. A gente ajudou a criação de três dessas unidades, e estamos ajudando na implementação e na criação de mais uma, a Unidade Mico Leão Dourado", explicou.
Mata Atlântica:Biodiversidade
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- UC Serra dos Órgãos
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