Agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão vinculado à Secretaria Estadual do Ambiente, realizaram ao longo da semana passada diversas operações no entorno do Parque Estadual da Serra da Tiririca para combater crimes ambientais praticados na área. Foram apreendidos cerca de 20 fardos de sapê - vegetação de área de banhado - na Lagoa de Itaipu, além de dezenas de armadilhas para pegar caranguejos e gaiolas com alçapões.
De acordo com Raimundo Fernandes, coordenador do Serviço de Proteção do Parque, as armadilhas montadas nas tocas de caranguejos comprometem o ecossistema lagunar, uma vez que estes crustáceos são responsáveis pela limpeza dos mangues.
- As armadilhas ficam muito tempo no mangue e os animais acabam morrendo e apodrecendo no local, tornando as tocas ociosas. Isso tem grande impacto no ecossistema - explica.
Na extração ilegal de sapê, material utilizado nas coberturas de quiosques, os infratores utilizam a queimada para encobrir o roubo, dificultando a ação repressiva.
Segundo o chefe da Unidade de Conservação, Fernando Matias, a fiscalização na área vem sendo intensificada desde o início do ano com o objetivo de coibir estes e outros crimes ambientais. Para ele, o trabalho de conscientização que está sendo realizado junto à comunidade e nas escolas, com palestras educativas e exposições de animais nativos empalhados do Parque, tem saldo positivo.
- Desde que iniciaram estas atividades, os moradores do entorno têm colaborado e até o tráfico de pássaros tem diminuído. Embora a área do banhado não faça parte do parque, é uma área de muita biodiversidade, que se destaca pela grande variedade de aves, e precisa ser preservada - assinala o chefe da Unidade de Conservação.
As apreensões foram realizadas a partir de denúncias, que podem ser feitas pelo telefone (21) 2638-4411 nos casos de crimes ambientais cometidos na região do Parque Estadual da Serra da Tiririca.
http://www.inea.rj.gov.br/noticias/noticia_dinamica1.asp?id_noticia=885
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