A seca prolongada e a expansão da agropecuária têm contribuído para reduzir a mata nativa em unidades de conservação brasileiras neste mês. Ontem, brigadistas tiveram a ajuda de dois aviões e um helicóptero para tentar conter o fogo que já havia consumido 30 mil hectares da vegetação do Parque Nacional da Serra da Canastra, no Sudoeste de Minas Gerais.
Os primeiros focos no parque que abriga a nascente do rio São Francisco foram registrados no dia 14, mas o incêndio ganhou proporção nos últimos dias. A suspeita é de que tenha origem criminosa. "Provavelmente vamos chegar nos 30 mil hectares (queimados) em pouco mais de uma semana. Não é admissível, principalmente para uma unidade de conservação", disse o chefe da unidade de conservação, Darlan de Pádua.
No Pantanal sul-mato-grossense, Corumbá lidera em número de focos. São 36,23% dos focos no Estado (1.016 casos) desde janeiro. Brigadistas disseram ter encontrado rastros de ninhos, ovos e filhotes de aves nativas carbonizados, além de cobras e lagartos. Mamíferos como antas, tamanduás, quatis e lobinhos chegaram a ser encontrados vivos, mas com queimaduras graves.
No Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo, a mata queimou ontem por mais de cinco horas uma área de 45 mil m², segundo bombeiros. O Departamento de Águas e Energia Elétrica minimizou o fato, dizendo que a área queimada equivale a "um campo e meio de futebol" (16,2 mil m²).
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, declarado Patrimônio da Humanidade pela riqueza ecológica, registrou incêndio ontem, que ainda não teve proporções medidas. O ecossistema do parque tem 655 km² de formações rochosas e centenas de cascatas. A reserva possui 60% das espécies vegetais e 80% da fauna do Centro-oeste.
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UC:Geral
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