Cânions no Sul do estado foram formados há 150 milhões de anos

G1 - http://g1.globo.com/ - 15/02/2014
A região dos Aparados da Serra fica na divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. O local é uma unidade de conservação criada em 1959, com área estimada de 10.250 hectares. Em Santa Catarina, a entrada pode ser feita por duas trilhas: a do Boi e a do Malacara, que leva para dois cânions diferentes. O acesso é pela Rodovia SC-450, no município de Praia Grande.

A parte superior do planalto pertence ao estado do Rio Grande do Sul, enquanto os paredões e vales, a Santa Catarina. No lado catarinense, o relevo é acentuado, com montanhas e abismos que recortam a borda do planalto, interrompendo bruscamente o imenso e levemente ondulado platô gaúcho. Mas é do lado do Rio Grande do Sul que é possível ver os vales profundos de Santa Catarina. Uma área de mais de 30 mil hectares repleta de belezas e muita biodiversidade.

Os cânions foram formados há mais de 150 milhões de anos, com a ação de vulcões, do sol, da chuva e dos ventos. "Erosão, provocada por fissuras, rachaduras dessas grandes rochas, onde a água se infiltrou e começou a abrir essas fendas que hoje são os grandes cânions. Tanto que é um movimento ainda dinâmico", explicou o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Magno Severo.

"A geografia aqui é tão peculiar que a gente tem uma diferença grande de ecossistemas e climas. Inclusive aqui em cima a gente tem clima temperado, lá embaixo, a gente tem clima tropical. Gera uma diversidade biológica natural muito grande", afirmou Lúcio Santos, também analista do ICMBio.

Os recursos hídricos também são destaque na região. "Nós temos aqui uma grande concentração de nascentes de pelo menos três bacias hidrográficas. Mampituba, por exemplo. A gente tem a bacia do Taquari-antas, que drena para o Guaíba e a Lagoa dos Patos, vai sair no Rio Grande do Sul. E, ao Norte, nós temos a bacia do Araranguá", explicou Lúcio Santos.

O maior cânion e o mais famoso é o de Itaimbezinho, que em tupi-guarani quer dizer "pedra cortada". São paredões que chegam a mais de 700 metros de altura. Pela trilha do rio do boi é possível ter uma visão diferenciada do local. São 16 quilômetros e aproximadamente 10 horas de caminhada sobre o leito do rio. Segundo especialistas, o Itaimbezinho fica entre paredões de até 720 metros de altura.



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