Falta de recursos prejudica trabalhos na Resex Tapajós em Santarém

G1 - http://g1.globo.com/ - 10/04/2015
Empresas alegam não ter verbas para manter trabalho no assentamento.
Reunião nesta sexta-feira (10) debateu atraso de pagamento.


A demora no repasse de recursos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), está prejudicando o trabalho de empresas e instituições que prestam assistência técnica e extensão rural à Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (Resex), que abrange os municípios de Santarém e Aveiro, no oeste do Pará.

Quatro empresas,mantidas pelo Incra, desenvolvem projetos na Resex. Os serviços são prestados em média a mil famílias que moram na área. De acordo com o gestor da Resex, Maurício Santa Maria as verbas estão suspensas há quatro meses e casa não haja repasse desses recursos, há a possibilidade de interromper as atividades. "Pelo que foi nos repassado pelas organizações prestadoras de trabalho de assistência técnica, caso não haja o repasse, para o próximo mês algumas prestadoras podem avançar para o cancelamento de contrato", explica.

O coordenador do Projeto Saúde Alegria, Caetano Scannavivo afirma que está enfrentando dificuldades em desenvolver atividades por conta dos custos. "Está difícil, porque a assistência técnica depende de uma equipe. Eles afirmam que ainda não tem uma previsão e esperamos que até essa semana seja dada alguma sinalização de como proceder. É muito difícil continuar os trabalhos com a falta de recursos", enfatizou.

O atraso no repasse do dinheiro afeta também os trabalhos do Centro de Apoio a Projetos de Ação Comunitária (Ceapac) que atende 742 famílias. Dessas, 279 não estão recebendo os serviços da empresa Ecoo Idéia, por falta de recursos. Para não deixar de oferecer atividades o Ceapac está utilizando recursos próprios.

Representantes das empresas se reuniram nesta sexta-feira (10) para cobrarem junto ao Incra a regularização no repasses dos recursos.

A superintendência do Incra em Santarém admitiu o atraso no pagamento e aguarda a liberação dos recursos solicitados à sede do órgão, em Brasília para atualizar o pagamento das entidades. Em nota, o Incra em Brasília esclareceu que desde janeiro de 2015, vem pagando os passivos com as empresas contratadas para prestar assistência técnica em assentamentos da reforma agrária em todo o país. O órgão informou que reconhece que há empresas com passivos a receber e que vem trabalhando para normalizar o pagamento o mais rápido possível.



http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2015/04/falta-de-recursos-prejudica-trabalhos-na-resex-tapajos-em-santarem.html
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