Incêndio florestal atinge três pontos do Parque Nacional do Caparaó

Século Diário - http://www.seculodiario.com.br - 12/09/2012
Incêndios florestais já atingem 16 unidades de conservação federais, entre elas o Parque Nacional do Caparaó (Parna), que abrange o Espírito Santo e Minas Gerais. Até a tarde desta quarta-feira (12), três focos foram registrados nas áreas do parque nos municípios de Iúna, Irupi e Ibitirama, na região do Caparaó.

O fogo atingiu as regiões do Parna conhecidas como Rio Claro, em Iúna; Santa Clara, em Irupi, e Rio Norte, em Ibitirama.

Segundo a secretaria do Parna Caparaó, há equipes nos locais desde essa terça-feira (12), quando os focos de incêndios foram identificados. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informa que 21 brigadistas contratados estão na região. Destes, nove se deslocaram nesta quarta-feira (12) para a parte alta da região do Rio Claro.

O incêndio nas 16 unidades de conservação federal configura o que parece ser o momento mais crítico da atual temporada de incêndio florestal no país, segundo boletim divulgado pelo ICMBio.

Os casos mais graves são os dos parques nacionais da Serra da Canastra, em Minas, e do Araguaia, no Tocantins, além das UCs que ficam ao longo da BR-163 (Cuiabá-Santarém), em áreas do Pará, como a Reserva Biológica da Serra do Cachimbo e a Floresta Nacional de Jamanxim.

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, também entrou na lista, vítima de três incêndios simultâneos, um criminoso e dois provocados por acidente de trânsito na rodovia que dá acesso ao parque.

Além dessas unidades, há registro de incêndios florestais de nível II (médio porte) no Parque Nacional Nascentes do Rio Parnaíba, no Piauí, onde o fogo não dá trégua há mais de duas semanas. Outras dez unidades sofrem com incêndios de nível I (pequeno porte), algumas já há alguns dias e outras com focos mais recentes, como é o caso do Parna Caparaó.

Como, segundo a meteorologia, não há sinais de chuva nas regiões Norte, Centro-Oeste e parte do Sudeste e Nordeste, onde se concentram as unidades de conservação em chamas, a tendência é que a situação se agrave nos próximos dias.

O órgão que administra 312 UCs federais ressalta que para conter os incêndios é utilizado um grande aparato. São mais de dois mil brigadistas equipados com bombas costais e abafadores, seis aviões air tractor (que lançam água sobre o fogo) contratados para atuar nos vários pontos, carros-pipas e de transporte de tropa, além de viaturas menores para deslocamentos rápidos.

De acordo com critérios técnicos que definem os níveis de complexidade de combate ao fogo, os incêndios florestais de nível I são considerados de pequeno porte. Neste caso, o combate é feito unicamente pelas brigadas da unidade. Os de nível II, médio porte, são incêndios maiores e exigem o apoio de parceiros em nível local ou regional. Já os de nível III são grandes incêndios. Para debelá-los, é preciso uma articulação de forças mais ampla, envolvendo a União, os estados e os municípios.



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