Operação Boi Pirata II já embargou área maior que a cidade de Recife em Novo Progresso, no Pará

Ibama - www.ibama.gov.br - 15/09/2009
Desde o seu início, há 80 dias, a Operação Boi Pirata II já embargou cerca de 35 mil hectares de terras, uma área superior à cidade de Recife, desmatadas ilegalmente na região de Novo Progresso, no sudoeste do Pará. Até agora, a maior parte das áreas embargadas faz parte de fazendas que praticavam a pecuária irregularmente dentro da Floresta Nacional (Flona) Jamanxim. Além dos embargos, os fiscais do Ibama emitiram 105 autos deinfração, aplicaram R$ 120 milhões em multas e notificaram, até o momento, 21 grandes fazendeiros para que retirem cerca de 15 mil cabeças de gado do interior da unidade de conservação.

"A ação do Ibama já é um sucesso. Muitos pecuaristas estão cumprindo as notificações. Cerca de seis mil animais já saíram da Flona, permitindo a regeneração da floresta. Quem não retirar o gado vai ter o rebanho apreendido", afirma Gustavo Podestá, chefe da Fiscalização do Ibama em Santarém, que assumiu ontem (14/9) a coordenação da operação em Novo Progresso.

Com o apoio da Força Nacional e do Batalhão de Polícia Ambiental, de Belém, a Boi Pirata II manterá a fiscalização contra os desmatamentos na região atuando nos indicativos do sistema de Detecçao em Tempo Real - Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-Inpe, dentro e fora das unidades de conservação. "Vamos verificar ainda se as terras já embargadas foram queimadas para formar pastos. O proprietário que desrespeitou a sanção do Ibama, vai ser autuado mais uma vez, agora pela queimada e por descumprir o embargo", explica Podestá.
Boi ilegal vai para combate à fome

Há cerca de um mês o Ibama apreendeu animais de um pecuarista na Flona do Jamanxim, que não cumpriu a notificação para retirar o rebanho de dentro da unidade de conservação. O gado já foi avaliado, em mais uma etapa do processo para a doação dos animais ao Programa Fome Zero, do Governo Federal. Foram contabilizados 628 bois e 101 ovelhas em boas condições de saúde, segundo o analista ambiental Valério Machado Duque, médico veterinário, da Coordenação Geral de Fiscalização do Ibama, que vistoriou o plantel.

A Boi Pirata II combate o desmatamento ilegal para a atividade pecuária na Amazônia Legal. A operação Boi Pirata I, realizada em 2008, apreendeu e leiloou 3.146 cabeças de gado ilegal criado na Estação Ecológica (Esec) da Terra do Meio, em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. A operação causou uma redução significativa do desmatamento no mosaico de unidades de conservação da Terra do Meio e resultou na retirada voluntária de cerca de 30 mil cabeças de gado criadas irregularmente dentro das UC.

Na avaliação do coordenador geral de fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa, "a operação Boi Pirata influenciou a redução do ritmo do desmatamento em toda a Amazônia Legal, conforme verificado no acumulado do Deter de agosto de 2008 a julho de 2009."
UC:Geral

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