SFB apoia criação de rede de comercialização no Pará

Serviço Florestal Brasileiro - http://www.florestal.gov.br/ - 10/12/2014
A rede reúne produtores da região do Tapajós e irá comercializar produtos florestais não-madeireiros e do agroextrativismo

O Serviço Florestal Brasileiro está apoiando a criação de uma rede de comercialização nos municípios de Santarém, Belterra e Aveiro, no oeste do Pará.

A rede Três Rios, batizada em referência aos principais rios da região, Tapajós, Arapiuns e Amazonas, é formada por cooperativas de moradores da Floresta Nacional Tapajós, da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns e do Assentamento Agroextrativista Lago Grande.

O projeto, que foi iniciado em março de 2014, busca fortalecer empreendimentos de base comunitária e fomentar cadeias produtivas de produtos florestais não-madeireiros e do agroextrativismo. A partir da realização de uma série de diagnósticos e oficinas de planejamento participativo, foi elaborado um Modelo de Comercialização em Rede e um Plano Estratégico de Implementação. A iniciativa também capacitou 15 agentes comunitários de comercialização.

A rede Três Rios contempla cerca de 20.000 famílias, reunidas em cinco organizações comunitárias: a Cooperativa Mista da Flona Tapajós (Coomflona), a Federação da Flona Tapajós, a Associação Tapajoara, Federação das Associações de Moradores e Comunidades da Geba Lago Grande (Feagle) e a Cooperativa dos Trabalhadores Agroextrativistas do Oeste do Pará (Acoosper).

Produtos

Durante o processo de planejamento, os participantes decidiram priorizar a comercialização de três produtos: o látex, a farinha de mandioca e os artesanatos feitos com materiais da floresta, como biojóias, cestaria de palha, objetos de madeira e produtos de borracha vegetal. A escolha dos produtos levou em consideração a viabilidade financeira da comercialização, a existência de uma estrutura produtiva instalada e o fato dos produtos serem produzidos e comercializados pelos três territórios.

De acordo com Lia Mendes, analista ambiental do SFB que acompanha o projeto juntamente com a equipe técnica da unidade regional BR-163, ao trabalhar em rede, os pequenos empreendedores aprimoram o processo produtivo e conseguem acessar mercados mais exigentes, obtendo melhores condições para a comercialização dos produtos. Outro ponto detectado foi a necessidade de garantir o acesso desses empreendedores às políticas públicas existentes.

"Percebemos que a viabilidade das cadeias do látex e da farinha de mandioca, por exemplo, dependia do acesso às políticas públicas que garantem o pagamento de um preço mínimo de venda, no caso do látex, e o acesso aos mercados dos programas governamentais de aquisição de alimentos e de alimentação escolar, no caso da mandioca", explicou.

A analista contou ainda que o próximo passo do projeto é consolidar a abertura e viabilizar a gestão compartilhada de duas lojas para a venda dos produtos, sendo uma na sede de Santarém e outra no Centro de Atendimento ao Turista de Alter do Chão.

Futuro

Devido à boa receptividade e resultados já alcançados, o SFB prevê manter o projeto e realizar no próximo ano capacitações em temas como boas práticas de manejo florestal, gestão de empreendimentos comunitários e estratégias para a comercialização de produtos florestais e do agroextrativismo.



http://www.florestal.gov.br/noticias-do-sfb/imagens-do-mural/sfb-apoia-criacao-de-rede-de-comercializacao-no-para
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